O retorno é sempre muito difícil, não no sentido de relembrar e refazer o que já foi feito, mas no sentido de iniciar o retorno. Sempre aparecem outras coisas, talvez não tão importantes quanto, mas sempre mais urgentes.
Retornei hoje, para o meu solo, para o meu corpo, para o meu ofício. Sinto que apesar de difícil foi satisfatório, mas não tanto quanto estabeleci na meta. Fiz aquecimento, procurei coisas que estavam faltando, organizei figurinos, organizei espaço, escrevi... até que comecei!
Comecei!... e agora? O que fazer?
Fui fazendo, tentei não me apegar ao roteiro antigo, aos detalhes de movimentos, apenas foi fazendo o que meu corpo queria e tinha na memória.
De repente fui sentindo um alguém meio tímido, sem saber onde estava, com medo de tatear um lugar que a tanto tempo não visitava, esse alguém era Brida, minha personagem.
Quando ela foi aparecendo, fiquei tão contente, que queria por tudo filmar aquilo, mas a câmera não tinha bateria. Ahhh...
Mas continuei...
Brinquei com ela, seu jeito, seu andar, a fiz de boba, palhaça, ingênua. Como crianças, mas eu sempre observando e ela fazendo.
Descobrimos coisas novas, como o ventilador teimoso e cruel que não queria de modo algum entrar na bolsa dela, e ainda quis enforcá-la, amarrá-la e jogá-la no chão sujo e mofado do escritório. Parece mentira mas foi verdade.
Descobrimos o amor e que se pode fazer por ele, mesmo sem saber, às vezes desengonçada, às vezes sexy e às vezes masoquista. Para mostrar ao grande amor como ficaria bonita para o encontro, fizemos um streep tease. Pulamos em cima da mesa, nos arrastamos no chão, nos prendemos na cadeira, mas nunca perdemos a pose de gostosa, apesar dos desastres.
Mas chega o patrão para estragar a festa e temos que guardar tudo, do nosso jeito organizado. Luva na boca, sapato na sacola (um pé, pois o outro estava onde deveria estar, na sola), papeis espalhados no chão, ventilador dentro da bolsa, garrafa de café debaixo da cadeira.
Mas.. está Tudo Serto!!!
Jô de Oliveira
Grupo Sonhus Teatro Ritual
Retornei hoje, para o meu solo, para o meu corpo, para o meu ofício. Sinto que apesar de difícil foi satisfatório, mas não tanto quanto estabeleci na meta. Fiz aquecimento, procurei coisas que estavam faltando, organizei figurinos, organizei espaço, escrevi... até que comecei!
Comecei!... e agora? O que fazer?
Fui fazendo, tentei não me apegar ao roteiro antigo, aos detalhes de movimentos, apenas foi fazendo o que meu corpo queria e tinha na memória.
De repente fui sentindo um alguém meio tímido, sem saber onde estava, com medo de tatear um lugar que a tanto tempo não visitava, esse alguém era Brida, minha personagem.
Quando ela foi aparecendo, fiquei tão contente, que queria por tudo filmar aquilo, mas a câmera não tinha bateria. Ahhh...
Mas continuei...
Brinquei com ela, seu jeito, seu andar, a fiz de boba, palhaça, ingênua. Como crianças, mas eu sempre observando e ela fazendo.
Descobrimos coisas novas, como o ventilador teimoso e cruel que não queria de modo algum entrar na bolsa dela, e ainda quis enforcá-la, amarrá-la e jogá-la no chão sujo e mofado do escritório. Parece mentira mas foi verdade.
Descobrimos o amor e que se pode fazer por ele, mesmo sem saber, às vezes desengonçada, às vezes sexy e às vezes masoquista. Para mostrar ao grande amor como ficaria bonita para o encontro, fizemos um streep tease. Pulamos em cima da mesa, nos arrastamos no chão, nos prendemos na cadeira, mas nunca perdemos a pose de gostosa, apesar dos desastres.
Mas chega o patrão para estragar a festa e temos que guardar tudo, do nosso jeito organizado. Luva na boca, sapato na sacola (um pé, pois o outro estava onde deveria estar, na sola), papeis espalhados no chão, ventilador dentro da bolsa, garrafa de café debaixo da cadeira.
Mas.. está Tudo Serto!!!
Jô de Oliveira
Grupo Sonhus Teatro Ritual
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