Estréia Espetáculo Força da Terra

ESPETÁCULO: A FORÇA DA TERRA
DIREÇÃO: Hugo Rodas
ESTREIA: 29 de julho de 2013
LOCAL: Centro Cultural UFG







O Espetáculo Força da Terra fará parte da Programação do 2º ALDEIA DIABO VELHO do SESC Goiás.

Sua estréia será no dia 29/07 no centro Cultural da UFG.

Venha prestigiar esse grande evento das artes que é o Aldeia Diabo Velho



Mais infromações: https://www.facebook.com/pages/Grupo-Sonhus-Teatro-Ritual/258651014171741


Espetáculo Força da Terra

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O espetáculo é composto por três “sonhus”.


No início, o humor das coisas coisificadas, como diria Manoel de Barros, das formas tornando e ganhando ânima. A origem pura e ingênua, o coito brincado em circo. Do caos à ordem num ritual de preparação do território, permeado de memórias, ausências e humor: a celebração do estar aqui e agora prontos para viver e fazer história sobre a terra. A memória é como um filme.


No outro, recomeços. Novos caminhos brotam da terra. Natureza viva. No terceiro é realizada a passagem: coisa...bicho...homem...sociedade. O homem caminha pela terra faminto, descobre a amizade, o amor, copula, procria, e então constitui família e estabelece propriedades com a terra. Em um ato teatral, livremente inspirado no filme “Vidas Secas” de Nelson Pereira dos Santos os atores se lançam numa aventura performática de sonho, imagem, drama, sentimento e vida.

No encontro entre os atores Grupo Sonhus Teatro Ritual e a direção primorosa de Hugo Rodas, se concretiza a imersão na força da criação coletiva que tenta ser perene como a terra e imponente como a vida, viajando sem mapas com amor e sem medos por infinitos roteiros, deixando rastros de memória vivida, como pegadas na terra por onde existimos um dia.

05:29 Postado por . 0 comentários
Nelson Pereira dos Santos, um dos maiores diretores do cinema brasileiro, nasceu em São Paulo, 22 de outubro de 1928. Foi um dos precursores do movimento do Cinema novo.Considerado um dos mais importantes cineastas do país, seu filme Vidas Secas, baseado na obra de Graciliano Ramos, é um dos filmes brasileiros mais premiados em todos os tempos, sendo reconhecido como Obra Prima.


Nelson Pereira dos Santos conseguiu em Vidas Secas (1963) estampar com rara felicidade a cara do Brasil das décadas de 1930/40 e ser fiel ao livro de Graciliano no que o livro tem de essencial: mostrar a luta do camponês nordestino para sobreviver as agruras do tempo e superar as adversidades impostas por um sistema cruel, onde prevalece a força dos donos da terra.
O filme manteve a linguagem contida do livro, que neste ano completa 75 anos. Quase sem música, com poucos diálogos, mostra a dureza do sertão encravado na alma dos camponeses, sujeitos a um sistema que os desumaniza e os coloca em posição de inferioridade pela ignorância a que são submetidos. São analfabetos, de poucas palavras, sem grandes horizontes na vida. 
A película conseguiu captar a proposta do escritor em mostrar a aridez das relações humanas no sertão e aprofundar a interiorização dos personagens na busca de entender o que não conseguem pela vida que levam e são forçados a se submeter, numa relação dialética entre homem, natureza e o sistema explorador do trabalho. 
Vidas Secas, o filme, foi fiel, na letra e espírito, ao livro de Graciliano Ramos. A mesma concisão, secura, despojamento, poesia, o mesmo tempo – quase silêncio – dos personagens. Que naquela vida de gente-bicho praticamente não se fala, as pessoas também vão se secando internamente”, diz Helena Salem no livro Nelson Pereira dos Santos: o sonho possível do cinema brasileiro. O próprio diretor explica seu modo de trabalhar essa adaptação ao contar que alcançou “uma liberdade formal muito grande” nas filmagens, mas acrescenta que respeitou “integralmente as duas partes da carta”, qual sejam: “nunca desvirtuar o pensamento do autor, respeitar, portanto, a essência do livro, e a segunda parte, não só referente ao condicionamento histórico, mas fazendo o possível para não alterar a estrutura narrativa que o autor elaborou. Isso porque a forma de contar uma história é determinada pela maneira de pensar”, acentua. 
- Fragmento Texto site vermelho.org.br - 

Graciliano Ramos, nasceu em Quebrangulo, Alagoas, em 27 de outubro de 1892 Um dos maiores escritores brasileiros publicou clássicos da literatura nacional como Angústia, São Bernardo, Caetés, Infância, A Terra dos Meninos Pelados, Vidas Secas, entre muitos outros.