A.P. : Jô, como você entrou no Teatro Ritual? Como começou essa história?
J.O.: Então, começou assim...(rsrs). Na verdade não foi uma coisa oficial mesmo, ah, agora eu entrei. Foi um processo mais lento, sabe, quando eu vi eu tava, entendeu...eu comecei lá no Lyceu, fazendo aula com o Nando, eu não me lembro o ano, eu lembro que eu tinha 16 anos quando eu comecei a fazer teatro em Goiânia...foi quando eu fui pro Lyceu, e na verdade eu fui pro Lyceu justamente porque eu fiquei sabendo que lá tinha teatro, parece que era a única escola que tinha aula de teatro mesmo, que eu fiquei sabendo. Aí eu falei, eu vou pra lá.
A.P. : Você fazia teatro antes ou não?
J.O.: Eu tinha feito uma experiência e aí eu gostei demais sabe? Foi uma experiência de escola, feira de ciências, sabe? Aí eu gostei, eu falei nossa eu quero fazer teatro. Tentei montar um grupo na escola, só que o diretor não deixou, falou que ía fazer bagunça demais , não tinha espaço. Falei ah, então vou pruma escola que tem...aí eu descobri o Lyceu, eu fui com uma amiga minha né? E aí o Nando foi divulgando nas salas...eu entrei na turma. E aí eu ía fazendo as aulas...era depois da aula , depois do meio-dia, acabava a aula e aí do meio-dia às duas era a aula de teatro. Então a gente ficava lá a manhã inteira até duas horas sem comer. Se a gente levasse um lanche tudo bem, senão a gente ficava passando fome, né? Mas a gente adorava , às vezes ficava o dia inteiro lá, sabe? Chegava a galera a gente ficava lá...aí foi passando o tempo, a gente foi fazendo teatro e tal, e montou “Calabar”. Foi a primeira peça que eu montei com o Nando lá. A gente montou não lembro quando, eu tinha 17 anos, já tava no segundo ano, e eu adorei, sabe, eu falei ah, acho que eu vou fazer Artes Cênicas, porque eu descobri que tinha Artes Cênicas na Faculdade...até então eu tava em dúvida, aí montamos e apresentamos no Festival que o Teatro Ritual produzia na época, que era o Festival do Corpo Ritual na época. Foi bem na época que o Lume veio, na segunda edição, o Simi(Simioni, do grupo Lume) assistiu e aí ele gostou pra caramba. A gente apresentou lá no Teatro Goiânia, a gente ficou super assim, se achando importante(rsrs). Depois a gente fez uma temporada no Martim Cererê... tudo com o “Calabar”, e fez uma temporadinha lá no Goiânia Ouro também. Aí começaram os treinamentos do Teatro Ritual, os treinamentos do final de semana... e aí o Nando pegou e chamou a gente, a turma né? Quem quiser ir e tal, e aprofundar mais nos trabalhos que a gente faz – porque na escola era uma coisa mais básica, mais voltada pro espetáculo que a gente tava montando - então vamo que aí a gente faz um treinamento mais específico pro ator e tal, se vocês quiserem aprender. Eu falei então eu vou. Aí fui eu, a Ilka, o João Fernando, todos faziam parte da turma lá. Aí uns foram desistindo...outros ficando...outros desistindo, no final tavam eu, a Ilka e a Aline no treinamento, não sei se o Jonathan tava também. A gente ía todo sábado, treinava, fazia relatório e entregava, era toda uma coisa. E aí chegou o vestibular. A gente tava fazendo outra montagem, que era “O Santo e a Porca”. Nisso a Ilka e a Aline já tinham entrado no Teatro Ritual, se não me engano. Aí eu tava meio assim... não sei o que eu quero da minha vida...vou fazer o vestibular primeiro. Aí eu prestei, passei, fiz o segundo semestre, vi que tinha a galerinha que tinha os grupos na faculdade e pensei “nossa, o que eu vou fazer depois que sair daqui? acho que eu vou ter que arrumar um grupo”. E aí o Nando já tinha chamado pra fazer parte do Teatro Ritual. Eu fui entrando, fui participando... quando eles fizeram o terceiro festival eu participei - aquele que o Tadashi veio - fiz todas as oficinas do Festival de graça(rsrs). Fui entrando, sabe? E aí quando é fé já tava. No quarto Festival eu já tava na produção, aí participei da recepção dos atores, da montagem do espaço, e já tava mais na produção.
(a entrevista continua...)
J.O.: Então, começou assim...(rsrs). Na verdade não foi uma coisa oficial mesmo, ah, agora eu entrei. Foi um processo mais lento, sabe, quando eu vi eu tava, entendeu...eu comecei lá no Lyceu, fazendo aula com o Nando, eu não me lembro o ano, eu lembro que eu tinha 16 anos quando eu comecei a fazer teatro em Goiânia...foi quando eu fui pro Lyceu, e na verdade eu fui pro Lyceu justamente porque eu fiquei sabendo que lá tinha teatro, parece que era a única escola que tinha aula de teatro mesmo, que eu fiquei sabendo. Aí eu falei, eu vou pra lá.
A.P. : Você fazia teatro antes ou não?
J.O.: Eu tinha feito uma experiência e aí eu gostei demais sabe? Foi uma experiência de escola, feira de ciências, sabe? Aí eu gostei, eu falei nossa eu quero fazer teatro. Tentei montar um grupo na escola, só que o diretor não deixou, falou que ía fazer bagunça demais , não tinha espaço. Falei ah, então vou pruma escola que tem...aí eu descobri o Lyceu, eu fui com uma amiga minha né? E aí o Nando foi divulgando nas salas...eu entrei na turma. E aí eu ía fazendo as aulas...era depois da aula , depois do meio-dia, acabava a aula e aí do meio-dia às duas era a aula de teatro. Então a gente ficava lá a manhã inteira até duas horas sem comer. Se a gente levasse um lanche tudo bem, senão a gente ficava passando fome, né? Mas a gente adorava , às vezes ficava o dia inteiro lá, sabe? Chegava a galera a gente ficava lá...aí foi passando o tempo, a gente foi fazendo teatro e tal, e montou “Calabar”. Foi a primeira peça que eu montei com o Nando lá. A gente montou não lembro quando, eu tinha 17 anos, já tava no segundo ano, e eu adorei, sabe, eu falei ah, acho que eu vou fazer Artes Cênicas, porque eu descobri que tinha Artes Cênicas na Faculdade...até então eu tava em dúvida, aí montamos e apresentamos no Festival que o Teatro Ritual produzia na época, que era o Festival do Corpo Ritual na época. Foi bem na época que o Lume veio, na segunda edição, o Simi(Simioni, do grupo Lume) assistiu e aí ele gostou pra caramba. A gente apresentou lá no Teatro Goiânia, a gente ficou super assim, se achando importante(rsrs). Depois a gente fez uma temporada no Martim Cererê... tudo com o “Calabar”, e fez uma temporadinha lá no Goiânia Ouro também. Aí começaram os treinamentos do Teatro Ritual, os treinamentos do final de semana... e aí o Nando pegou e chamou a gente, a turma né? Quem quiser ir e tal, e aprofundar mais nos trabalhos que a gente faz – porque na escola era uma coisa mais básica, mais voltada pro espetáculo que a gente tava montando - então vamo que aí a gente faz um treinamento mais específico pro ator e tal, se vocês quiserem aprender. Eu falei então eu vou. Aí fui eu, a Ilka, o João Fernando, todos faziam parte da turma lá. Aí uns foram desistindo...outros ficando...outros desistindo, no final tavam eu, a Ilka e a Aline no treinamento, não sei se o Jonathan tava também. A gente ía todo sábado, treinava, fazia relatório e entregava, era toda uma coisa. E aí chegou o vestibular. A gente tava fazendo outra montagem, que era “O Santo e a Porca”. Nisso a Ilka e a Aline já tinham entrado no Teatro Ritual, se não me engano. Aí eu tava meio assim... não sei o que eu quero da minha vida...vou fazer o vestibular primeiro. Aí eu prestei, passei, fiz o segundo semestre, vi que tinha a galerinha que tinha os grupos na faculdade e pensei “nossa, o que eu vou fazer depois que sair daqui? acho que eu vou ter que arrumar um grupo”. E aí o Nando já tinha chamado pra fazer parte do Teatro Ritual. Eu fui entrando, fui participando... quando eles fizeram o terceiro festival eu participei - aquele que o Tadashi veio - fiz todas as oficinas do Festival de graça(rsrs). Fui entrando, sabe? E aí quando é fé já tava. No quarto Festival eu já tava na produção, aí participei da recepção dos atores, da montagem do espaço, e já tava mais na produção.
(a entrevista continua...)
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