Olá galera do Road Movie-Rolé, esperamos que estejam gostando das postagens que estamos fazendo, e já que estamos envolvidos com a nova estréia do grupo Teatro Ritual no dia 22 desse mês, com a edição inédita do Cabaré Ritual Teatro Bar – Pecadinhos..., iremos compartilhar com vocês as grandes inspirações que os atores têm e que são colocadas no papel. O texto que segue abaixo é um relato de sensações que o ator Nando Rocha vivenciou em um dos ensaios do Cabaré. Apreciem sem moderação!!!
“Experimentei o elemento terra em todas as suas variações : lama, barro, areia, poeira, tijolo.
Lembrei da minha infância, voltei ao velho bambuzal onde tinha uma pequena mina d’agua e o chão era todo coberto com folhas secas de bambu. Cada passo da caminhada tinha o som estalado das folhas pisadas. O vento também falava por entre os bambus, um som suave que embalava meus ouvidos como uma caricia só interrompida com o som mais grave e masculino dos bambus se cumprimentando com suas batidas no casco um do outro.
A terra vermelha por baixo das folhas brotava em alguns pontos do caminho.
Deitei-me nas folhas secas e cavuquei com meu corpo inteiro um caminho por entre a terra como uma minhoca ou uma cobra se enroscando pelo chão.
Senti uma concentração forte e rente de energia em minhas mãos vibrando depois essa sensação se concentrou em meu ventre como se gerasse outra vida ali como uma gravidez. Essa gravidez se irradiou pelo espaço jorrando laços dourados envelhecidos em todas as direções. Depois essa energia lançou em meu rosto, em meus lábios, bochecha, boca, língua, nariz e testa. Depois nos encontramos como seres da terra em comunhão nos unimos, nossos corpos se uniram fundindo nossas almas, nos tornamos um único ser amoroso e uníssono. Não queríamos nos separar, mas fomos levados a isso. Após a solidão transferi toda essa fusão ao meu próprio corpo redescobrindo novamente eu.
Terra, terra, terra
Lábios, pés e mãos
Corpos e sementes
Brotando do seu chão
Teu seio, seiva, selva
Vagem, broto, grão
Capim, fruto na relva
árvores, sombra, meu irmão
Doce natureza
Um dia será sã
O homem e a sua riqueza
serão expulsos do seu clã.”
(Ensaio Cabaré - 05/05/10 – Nando)
“Experimentei o elemento terra em todas as suas variações : lama, barro, areia, poeira, tijolo.
Lembrei da minha infância, voltei ao velho bambuzal onde tinha uma pequena mina d’agua e o chão era todo coberto com folhas secas de bambu. Cada passo da caminhada tinha o som estalado das folhas pisadas. O vento também falava por entre os bambus, um som suave que embalava meus ouvidos como uma caricia só interrompida com o som mais grave e masculino dos bambus se cumprimentando com suas batidas no casco um do outro.
A terra vermelha por baixo das folhas brotava em alguns pontos do caminho.
Deitei-me nas folhas secas e cavuquei com meu corpo inteiro um caminho por entre a terra como uma minhoca ou uma cobra se enroscando pelo chão.
Senti uma concentração forte e rente de energia em minhas mãos vibrando depois essa sensação se concentrou em meu ventre como se gerasse outra vida ali como uma gravidez. Essa gravidez se irradiou pelo espaço jorrando laços dourados envelhecidos em todas as direções. Depois essa energia lançou em meu rosto, em meus lábios, bochecha, boca, língua, nariz e testa. Depois nos encontramos como seres da terra em comunhão nos unimos, nossos corpos se uniram fundindo nossas almas, nos tornamos um único ser amoroso e uníssono. Não queríamos nos separar, mas fomos levados a isso. Após a solidão transferi toda essa fusão ao meu próprio corpo redescobrindo novamente eu.
Terra, terra, terra
Lábios, pés e mãos
Corpos e sementes
Brotando do seu chão
Teu seio, seiva, selva
Vagem, broto, grão
Capim, fruto na relva
árvores, sombra, meu irmão
Doce natureza
Um dia será sã
O homem e a sua riqueza
serão expulsos do seu clã.”
(Ensaio Cabaré - 05/05/10 – Nando)
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